terça-feira, janeiro 15, 2013

The wedding cake...

Miam, ainda me lembro do sabor do meu bolo de noiva. Era uma delícia e cumpri com a tradição de comer um pedaço no primeiro aniversário.

O bolo da noiva é sinónimo de boa sorte e festividade.

A tradição do bolo nupcial começou na Roma Antiga. Há uma lenda que diz que esta comia um bolo feito de farinha, sal e água e espremia o desejo de nunca lhe faltasse nada a ela e ao marido. Outra lenda conta que depois da cerimónia, despedaçava-se um bolo de frutas, cereais, amêndoas e mel sobre a cabeça da noiva, como símbolo da fertilidade que se esperava e para dar boa sorte. Os convidados consideravam que as migalhas que se espalhavam davam sorte a quem as recolhesse e comesse, e também asseguravam a felicidade do casal.

Esta tradição evoluiu e chegou à Inglaterra na Idade Média, onde os convidados traziam para a cerimónia pequenas tortas e as empilhavam no centro de uma mesa. Os noivos beijavam-nas e distribuíam-nas. Os bolos de hoje preservam o formato de várias camadas deste antigo ritual inglês, ao qual se acrescentaria a cobertura glacée. Ao que consta, foi um pasteleiro francês que teve a ideia de colocar os pedaços em calda de açúcar e fazer um grande bolo numa peça só. Dizia-se que, quando uma mulher solteira colocava um pedaço de bolo de noiva debaixo da almofada, sonhava com o futuro marido.

O ponto alto da festa é o corte do bolo da noiva. O noivo pega na mão da noiva e juntos cortam a primeira fatia. O significado deste momento é passarem a dividir a sua vida com a comunidade. Segundo as antigas tradições, a parte inferior do bolo representaria os noivos com a família e a parte superior o casal. Cada nível acima representava os filhos que o casal tinha esperança de ter. Hoje, o bolo clássico, branco, de três andares, ainda simboliza o compromisso, o casamento e a eternidade.

Segundo uma reportagem da edição do jornal The London Times, de 1840, o bolo da rainha Vitória tinha 2,70 metros de diâmetro. O segundo bolo que formava a parte superior era sustentado por dois poderosos pedestais amparados por tartarugas. Inteiramente decorado por anjos e figuras míticas, também o embelezavam as pombas, que simbolizavam a pureza e a inocência, e um cão, que representava a fidelidade. Para o completar havia vários cupidos esculpidos em açúcar – um deles a escrever a data do casamento com uma pluma numa tábua. Cada fatia deste bolo, atada com uma fitinha, trazia um pequeno presente. Daí as lembranças que os noivos gostam sempre de oferecer aos seus convidados, quando fazem o ritual de dar a volta a todas as mesas.

Em Portugal há ainda o hábito de congelar algumas fatias do bolo para serem comidas no primeiro aniversário de casamento ou no baptizado do primeiro filho do casal. A tradição também sugere aos recém-casados cortar a primeira fatia do bolo juntos e ser a noiva a comê-la, para garantir a fertilidade. Todos os convidados devem provar o bolo, a fim de também terem sorte. 

Hoje em dia o bolo da noiva pode ser uma autentica obra de arte. Não acha?


Fonte: Casamento.sapo.pt

Sem comentários: