Pearls...
A Lua do Mar
As pérolas perfeitas são muito raras e por estarem ocultas no interior das conchas, tornaram-se o símbolo do conhecimento velado e da sabedoria esotérica. São mencionadas, ao longo de milênios, na mística, na religião, na arte, folclore e literatura dos mais diferentes povos.
A cosmogonia dos Ahl-i Haqq, os Fiéis da Verdade no Irã, prega que no início não havia na Existência nenhuma criatura além da Verdade Suprema, única, viva e adorável. Ela morava na pérola onde ocultava sua essência. As ondas do mar a tudo guardavam.
Num célebre escrito gnóstico há uma passagem que compara a busca da pérola à da salvação do homem, o seu drama espiritual. Ao encontrar a pérola, o gnóstico completa a tarefa de sua vida. É necessário grande esforço para o conseguir, assim como à verdade e ao conhecimento, pois a pérola se esconde na concha, a concha está no fundo do mar e o mar coberto por ondas.
A Lua do Mar
As pérolas perfeitas são muito raras e por estarem ocultas no interior das conchas, tornaram-se o símbolo do conhecimento velado e da sabedoria esotérica. São mencionadas, ao longo de milênios, na mística, na religião, na arte, folclore e literatura dos mais diferentes povos.
A cosmogonia dos Ahl-i Haqq, os Fiéis da Verdade no Irã, prega que no início não havia na Existência nenhuma criatura além da Verdade Suprema, única, viva e adorável. Ela morava na pérola onde ocultava sua essência. As ondas do mar a tudo guardavam.
Num célebre escrito gnóstico há uma passagem que compara a busca da pérola à da salvação do homem, o seu drama espiritual. Ao encontrar a pérola, o gnóstico completa a tarefa de sua vida. É necessário grande esforço para o conseguir, assim como à verdade e ao conhecimento, pois a pérola se esconde na concha, a concha está no fundo do mar e o mar coberto por ondas.
No texto paleocristão "Physiologus" encontramos um trecho belíssimo que diz: "Há uma concha no mar que leva o nome de concha purpúrea. Ela emerge do fundo do mar . . . abre sua boca e bebe o orvalho do céu e o raio do sol, da lua e das estrelas, e por intermédio dessas luzes superiores produz a pérola". Escritos cristãos antigos retratam o Cristo como "a grande pérola que Maria carrega".
A pérola é pura e preciosa, porque é retirada de uma água lodosa, de uma concha grosseira, e surge tão bela, tão límpida. Há uma certa aura de magia que a cerca.
A origem mítica mais comum menciona conchas fecundadas através de temporais, pelo trovão, o dragão celestial, e sendo alimentadas pela luz da lua, gerando então a pérola.
Os celtas usavam-nas para criar energia num recipiente, conhecido como Vasilha Mãe, que mais tarde foi chamado Cálice Sagrado, fonte da imortalidade.
Poemas épicos indianos como o Ramayana e Mahabarata contém interessantes lendas sobre pérolas: "Após a criação do mundo os quatro elementos honraram o Criador, cada um com um presente. O Ar ofereceu-lhe um arco-iris; o Fogo uma estrela cadente; a Terra um precioso rubi e a Água uma pérola". Na Índia acreditava-se que as pérolas nasciam na testa, cérebro e estômago dos elefantes (animais sagrados), também nas nuvens, conchas, peixes, serpentes, bambus e ostras. Sendo propriedade exclusiva dos deuses, as pérolas das nuvens irradiavam boa sorte. As pérolas das serpentes possuíam um halo azul e descendiam de Va’Suki, soberano das serpentes. Os mortais muito raramente viam essas pérolas: somente os de grande mérito gozavam de tal privilégio.
Na Malásia acreditava-se que elas nasciam nos coqueiros, enquanto que na China supunha-se que elas cresciam num peixe parecido com a enguia, ou no cérebro do dragão.
A pérola é pura e preciosa, porque é retirada de uma água lodosa, de uma concha grosseira, e surge tão bela, tão límpida. Há uma certa aura de magia que a cerca.
A origem mítica mais comum menciona conchas fecundadas através de temporais, pelo trovão, o dragão celestial, e sendo alimentadas pela luz da lua, gerando então a pérola.
Os celtas usavam-nas para criar energia num recipiente, conhecido como Vasilha Mãe, que mais tarde foi chamado Cálice Sagrado, fonte da imortalidade.
Poemas épicos indianos como o Ramayana e Mahabarata contém interessantes lendas sobre pérolas: "Após a criação do mundo os quatro elementos honraram o Criador, cada um com um presente. O Ar ofereceu-lhe um arco-iris; o Fogo uma estrela cadente; a Terra um precioso rubi e a Água uma pérola". Na Índia acreditava-se que as pérolas nasciam na testa, cérebro e estômago dos elefantes (animais sagrados), também nas nuvens, conchas, peixes, serpentes, bambus e ostras. Sendo propriedade exclusiva dos deuses, as pérolas das nuvens irradiavam boa sorte. As pérolas das serpentes possuíam um halo azul e descendiam de Va’Suki, soberano das serpentes. Os mortais muito raramente viam essas pérolas: somente os de grande mérito gozavam de tal privilégio.
Na Malásia acreditava-se que elas nasciam nos coqueiros, enquanto que na China supunha-se que elas cresciam num peixe parecido com a enguia, ou no cérebro do dragão.
Lendas também falavam da pérola que crescia na cabeça do sapo. Shakespeare mencionaria essa crença milhares de anos após, em sua obra As You Like It: "Doce pode ser a adversidade da vida, que como o sapo, feio e peçonhento, na cabeça traz, todavia, uma jóia cingida". Em sua simbologia a pérola está inegavelmente ligada à lua, à água e à mulher. Nascida das águas, numa concha, representa o princípio Yin, a feminilidade criativa. A semelhança entre a pérola e o feto lhe confere propriedades genésicas e obstétricas. Desse triplo simbolismo (Lua - Água - Mulher) derivam suas propriedades mágicas, medicinais, ginecológicas.
Na Pérsia antiga a pérola intacta era o símbolo da virgindade. O termo "furar a pérola da virgindade" está associado à consumação do matrimónio.
No Oriente é considerada afrodisíaca, fecundante, um talismã.
Na Grécia antiga era sinónimo de amor e casamento.
Na China e Índia é o símbolo da imortalidade, daí o fato de colocarem uma grande pérola na boca do morto, para regenerá-lo e inseri-lo num ritmo cósmico, cíclico, que, à imagem das fases da lua, pressupõe nascimento, vida, morte e renascimento.
Simbolismo forte também é o das pérolas enfiadas em um cordão. É o rosário, o sutratma, a cadeia dos mundos, penetrados e unidos por Atma, o Espírito Universal.
Na Pérsia antiga a pérola intacta era o símbolo da virgindade. O termo "furar a pérola da virgindade" está associado à consumação do matrimónio.
No Oriente é considerada afrodisíaca, fecundante, um talismã.
Na Grécia antiga era sinónimo de amor e casamento.
Na China e Índia é o símbolo da imortalidade, daí o fato de colocarem uma grande pérola na boca do morto, para regenerá-lo e inseri-lo num ritmo cósmico, cíclico, que, à imagem das fases da lua, pressupõe nascimento, vida, morte e renascimento.
Simbolismo forte também é o das pérolas enfiadas em um cordão. É o rosário, o sutratma, a cadeia dos mundos, penetrados e unidos por Atma, o Espírito Universal.
Assim, o colar de pérolas simboliza a unidade cósmica do múltiplo, a integração dos elementos dissociados de um ser na unidade da pessoa, o relacionamento espiritual de universo desequilibrado, da unidade rompida.
Já esteve associada às lágrimas, mas como símbolo da virtude que fortifica os espíritos vitais que nascem do coração. Há um dito muito conhecido por joalheiros da Europa oriental que diz: "As pérolas em que acreditamos nos trazem lágrimas prateadas como a lua, mas são lágrimas de alegria".
Pérolas na medicina popular: A pérola já foi empregada para tratamentos de saúde por diversas culturas, ocupando lugar de destaque na antiga farmacologia. Foram usadas como afrodisíaco e moídas serviam de cosméticos aos antigos egípcios e chineses; aplicadas à pele, mantinham-lhe o resplendor e o brilho sedutor e iridescente da pérola. Esta serve, na Índia, de panacéia; é boa contra as hemorragias, a icterícia, a loucura, o envenenamento, as doenças dos olhos, a tuberculose etc. Na Europa era utilizada para tratar melancolia, a epilepsia, a demência. A terapêutica hindu moderna utiliza o pó das pérolas por suas propriedades revigorantes e afrodisíacas. Na China, a medicina utilizava unicamente a pérola virgem, não perfurada, que tinha a atribuição de curar todas as doenças dos olhos. A medicina árabe reconhece na pérola virtudes idênticas. As pérolas queimadas eram usadas nas doenças do coração, dificuldades digestivas, doenças mentais e mau hálito. No tratamento contra enxaquecas, úlceras, cataratas e problemas oculares, os pacientes inalavam pó queimado. Aplicado à pele curava a lepra; aplicado sobre os dentes, como pasta, fortalecia esmalte e gengivas. Julgava-se ainda que era eficiente contra gota, varíola, doenças pulmonares e malária; mas os únicos poderes medicinais cientificamente comprovados da pérola são os de antiácido e adstringente.
Atualmente estão destituídas da área da Saúde no Ocidente, no entanto curandeiros indianos ainda as utilizam em antigos métodos. Na China pode-se encontrar o pó de pérolas. Os comprimidos de pérolas moídas são vendidos em farmácias do Japão como fonte de energia e cálcio.
Já esteve associada às lágrimas, mas como símbolo da virtude que fortifica os espíritos vitais que nascem do coração. Há um dito muito conhecido por joalheiros da Europa oriental que diz: "As pérolas em que acreditamos nos trazem lágrimas prateadas como a lua, mas são lágrimas de alegria".
Pérolas na medicina popular: A pérola já foi empregada para tratamentos de saúde por diversas culturas, ocupando lugar de destaque na antiga farmacologia. Foram usadas como afrodisíaco e moídas serviam de cosméticos aos antigos egípcios e chineses; aplicadas à pele, mantinham-lhe o resplendor e o brilho sedutor e iridescente da pérola. Esta serve, na Índia, de panacéia; é boa contra as hemorragias, a icterícia, a loucura, o envenenamento, as doenças dos olhos, a tuberculose etc. Na Europa era utilizada para tratar melancolia, a epilepsia, a demência. A terapêutica hindu moderna utiliza o pó das pérolas por suas propriedades revigorantes e afrodisíacas. Na China, a medicina utilizava unicamente a pérola virgem, não perfurada, que tinha a atribuição de curar todas as doenças dos olhos. A medicina árabe reconhece na pérola virtudes idênticas. As pérolas queimadas eram usadas nas doenças do coração, dificuldades digestivas, doenças mentais e mau hálito. No tratamento contra enxaquecas, úlceras, cataratas e problemas oculares, os pacientes inalavam pó queimado. Aplicado à pele curava a lepra; aplicado sobre os dentes, como pasta, fortalecia esmalte e gengivas. Julgava-se ainda que era eficiente contra gota, varíola, doenças pulmonares e malária; mas os únicos poderes medicinais cientificamente comprovados da pérola são os de antiácido e adstringente.
Atualmente estão destituídas da área da Saúde no Ocidente, no entanto curandeiros indianos ainda as utilizam em antigos métodos. Na China pode-se encontrar o pó de pérolas. Os comprimidos de pérolas moídas são vendidos em farmácias do Japão como fonte de energia e cálcio.
in joia-e-arte
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